
O poema "Monstro" de Micaela Vitória de Souza Gumiero é uma reflexão profunda sobre a luta interna que todos enfrentamos. A autora descreve um monstro que vive dentro dela, um ser que é ao mesmo tempo odiado e necessário.
A Dualidade Humana
O poema explora a dualidade humana, mostrando como o mesmo ser pode conter tanto ódio quanto desejo de viver. A autora questiona a natureza desse monstro, perguntando se é um corpo ou uma alma.
O Confronto com o Espelho
O poema culmina com a autora se confrontando com o espelho, questionando por que está de frente ao reflexo de si mesma. Isso sugere que o monstro pode ser uma representação da própria autora, e que a luta interna é uma jornada de autoconhecimento.
Monstro
Há um monstro dentro de mim,
Há alguém sobrevivendo em mim,
Um corpo?
Uma alma?
Todos os dias
Encaro esse monstro,
Olho nos olhos dele,
Vivo para ele,
O ódio do seu olhar
E a sua forma de viver.
Há tanto ódio em você!
Esse monstro se odeia, ah!
Nem sempre ele foi um monstro,
Seu olhar é como mil anjos mortos,
Mil vidas tiradas.
Às vezes ele quer morrer,
Às vezes ele quer viver,
Estou olhando para o monstro,
Estou o encarando,
Espera!
Por que estou de frente ao espelho?
Micaela Vitória de Souza Gumiero-Sumaré - SP
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